Os financiamentos imobiliários atingiram em 2022, segundo melhor resultado da história do crédito imobiliário
Os financiamentos imobiliários atingiram R$ 241 bilhões em 2022, segundo melhor resultado da história do crédito imobiliário, como era esperado pela Abecip
As operações de crédito imobiliário propiciadas pelas duas principais fontes de recursos do setor – Cadernetas de Poupança e Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) – atingiram o montante de R$ 240,8 bilhões em 2022. “Foi o segundo melhor ano da nossa história, mesmo com redução de 5% em relação a 2021”, disse José Ramos Rocha Neto, Presidente da Abecip, durante a coletiva de imprensa.
Considerando apenas o Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE), foram financiados R$ 179,2 bilhões em 2022, recuo de 12,8% em relação a 2021.
Já os financiamentos pelo Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), atingiram R$ 61,6 bilhões, alta de 27% entre 2021 e 2022.
Expectativas para 2023
Para 2023, as projeções da Abecip apontam para um patamar de financiamentos imobiliários com recursos da poupança SBPE da ordem de R$ 156 bilhões. O volume, embora inferior em 13% ao do ano anterior, ainda atingirá patamar superior ao de 2020, devendo se situar entre os três melhores resultados da história.
Quanto ao financiamento com recursos do FGTS, o cenário é de crescimento: levando em conta a média histórica de cumprimento do orçamento do FGTS, espera-se que sejam financiados R$ 65 bilhões em 2023, alta de 5% sobre 2022.
Confirmadas as projeções, o volume total dos empréstimos (SBPE mais FGTS), deverá se situar em cerca de R$ 221 bilhões para 2023, redução de 8% sobre o aplicado em 2022.
Destaques de 2022
CGI
O Crédito com Garantia de Imóvel teve expansão de 21% entre 2021 e 2022, confirmando a tendência de crescimento desta modalidade como opção que oferece juros e prazos competitivos para quem busca recursos de uso livre.
Funding
Em 2022, o saldo da poupança acusou redução de 3,3% em relação a 2021, permanecendo ainda em patamar elevado (R$ 764 bilhões).
As saídas líquidas de recursos foram da ordem de R$ 80,9 bilhões, sendo parcialmente compensadas pelo crédito de R$ 55 bilhões de rendimentos. As saídas de recursos das cadernetas estão, em parte, relacionadas ao elevado patamar da taxa Selic que, por sua vez, assegurou maiores rendimentos aos investimentos atrelados ao CDI.
Segundo Rocha Neto, dadas as condições de captação, outras fontes de recursos para o crédito imobiliário tiveram crescimento importante. “Por exemplo, a LIG, com saldo de R$ 90 bilhões em 2022, mostrou crescimento de 87% comparado a 2021, e a LCI, com saldo de R$ 239 bilhões, registrou aumento de 70%”, complementou.